Soneto à Ana Verônica
E doce e linda e doidivanas,
Que esta e qual: - Dama que sejas!
Que é em lábio o gosto das cerejas
As que me sorve e em que me enganas
Enleio fútil, amor anil
A corpo é mente e voz queixosa:
E que versátil, esmo e febril
Eu, inconstante, arder à rosa.
Se roubo eu, da rosa o espinho
É crueldade e nesta gana,
Crava-me a dor, arde o carinho
Que a flor é mais que flor, mundana!
Se já me dói estar sozinho
Que doerá não beijar Ana?
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