Tuesday, September 20, 2005

Léxico luxo

Amar não é luxo...
Quando não é para fracos, não é para augustos. - Amar não é luxo -
Mesmo quando são amados os devassos, os despertos;
e irrelevantes - quando são perversos, os amantes.
Não é luxo, quando amam os pobres e amam os ricos. Quando amam-se os olhos,
e olhares. Ah é que fico! Eu delirante...eu prosternado.
Onde ares... Esses dos laivos, dos leigos, magros e meigos. Onde olhares são espólios. E legado, e de lixo. Amar não é luxo. - E é que escolho:
Onde unem-se o útil ao fútil, dúctil ...sentimento! Desfiam-se trocas, revelam-se ogivas, despendem-se amores.
Toques e lascívias e ardores...e carinhos. Amar não é luxo, é tempo.
São amores aqueles ponteiros correndo na elipse intrincada das horas, e, compelidos, em auroras. No funesto relógio do som.
No apático e fúlgido tom: Do uníssono querer.
Amar não é luxo; e o é, não viver.