Thursday, August 23, 2007

Lambe os lençóis e lambe os dedos, tu,
prepara um prato que não sabes e
não comas, veste a camisola que ela deixou
e senta para conversar com

agora ama alguns retratos, tirando roupas
do rádio – na janela as frestas vão engolindo
a burocracia da luz: os teus poros engolem
a xepa dela

amarra o cordão da saia para que as
pernas deixem os desenhos de criança à mostra,
tatuagens de Caim, degredo,
apaga a luz do sol das frestas

um dia suicídico se
funcionasse o mecanismo do gás,
tudo é brochura quando a gente lê num guardanapo
de papel, num livro que ela deixou, Não adianta inventar cacofonia
as coisas ruins da vida têm sempre um soar maravilhoso.

Thursday, August 09, 2007

Na biblioteca

- Oi, tudo bem? Olha só velho, assim... minha mãe tava doente desde a semana passada, acabou indo pro hospital agora tá lá ainda e eu não pude entregar os livros antes, será que não tem um desconto?
- Os livros eram pra quatro semanas atrás.
- Ah, sim! mas é que antes da mãe eu quem tava doente aí ela ficou cuidando de mim e não teve tempo de entregar, tu vê né cara... é muito azar.
- É, muito azar.
- Tá, mas será que não rola um desconto assim, na manha velho, não falo pra ninguém... tenta entender a minha situação né, mãe é uma coisa sagrada.
- A minha mãe não é uma coisa, mas é sagrada.
- Isso, isso, minha também não é sagrada.
- A minha é.
- Ops, quis dizer que a minha mãe também não é uma coisa.
- Acredito em ti.
- Sim eu sei, ela tava doente mesmo.
- Eu falei que acredito em ti quando disseste que a mãe é sagrada.
- Pois é, mas então não rola um desconto?
- Sim, rola, posso reduzir a multa pela metade.
- Tá daí fica quanto, a multa é cinquenta, né?
- Sim.
- Então, fica quanto?
- A metade de cinquenta.
- Beleza! Quanto dá?
- A metade de cinquenta, não sabe?
- Sei sim...feito meu velho, e quanto eu te pago?
- A metade de cinquenta! Vinte e cinco!
- Mas como assim?
- Mas como assim o quê?
- Não era a metade de cinquenta?
- Sim, a metade de cinquenta é vinte e cinco.
- Mas é muita grana velho eu não tenho dinheiro.

Nesse momento toca o celular dele. Um celular do preço do lugar onde moro (prefiro não chamar de casa).

- Alô? Mãin?

Nesse momento eu faço cara feira. Ele não nota que eu tentei fazer cara feia, ele já se acostumou com a feiúra. No momento seguinte então, eu bato a perninha. Acho que ele percebe.

- Ã, Mãe...mãe, Mãinara, minha amiga, tudo bem? Tudo bem, já comprei o guizado sim, Mãinara. Tá blá blá blá... Tou indo, beijo. A Mãinara, uma amiga minha, combinando uma janta hoje à noite.
- Eu adoro janta com guizadinho. (Isso foi uma ironia, gente!)
- Ah, pois é, a grana tá pouca... por isso que preciso dum descontinho aí, meu bruxo.
- Tudo bem, eu dou os vinte e cinco.
- Vinte e cinco por cento, mas não era a metade?
- Te dou os vinte e cinco como valor direto.
- Beleza, então, a metade de vinte e cinco, isso?
- Não, a metade de cinquenta, que é vinte e cinco.
- Mas não foi isso o que tu disse...
- Sim, foi isso sim, pode ler ali em cima, no começo do diálogo.
- Tá bem, vou pagar a multa. Mas não acho certo... devia ter um geito de a gente conversar...
- Mas nós conversamos, só não posso baixar mais o valor. E jeito é com jota.
- Ã?
- Jeito, a palavra jeito é com jota.
- Tá e daí?
- E daí que tu fala ela com gê.
- Como assim, como é que tu sabe? Eu sei que geito é com jota.
- Sabe nada, acabou de repeti-la com gê.
- Não, não, falei nela pensando como se fosse escrita com jota.
- Pensou não.
- Pensei sim, como tu sabe que não?
- Porque quem tá escrevendo a história sou eu.
- Como assim? Tu tá louco, isso não é uma história...
- É um diálogo.
- E daí?
- E daí que veio da minha cabeça se eu quiser eu imagino que um grupo de duendes te seqüestra e te leva embora daqui.
- Bêbado, só pode ser, vou falar com tua chefe, vou reclamar do teu atendimento.
- Não. Não vai, não.
- Ah é, quer ver?
- Quero! Quem manda aqui sou eu!
- Na biblioteca?
-Não. Na história, se bem que...
- Tu é doido, tu tá falando sério? Tu tá variando, meu velho. Vai te tratar.
- Tou não. Lá vem os duendes...
- Chega! Vou lá reclamar.

Nesse momento ele sai furioso de dentro da biblioteca. Mas no momento seguinte um grupo de duendes rende ele no corredor, joga no chão amordaça-o e o leva embora.

do manicômio...

Eu posso abrir a janela do meu quarto e num sol farto me faltar de ti. Posso deixar a janela fechada fingir que durmo sem rima sem rumo sem fumo sem fome sem homem sem nem acordar nem dormir. O calor me lembra a praia e a areia pisada e o sulcos os vincos na testa que tinhas no verão, e me lembro do peixe do cheiro e de nós abrirmos e prepararmos todo ele como se fosse um exercício de amor. O peixe me lembra a semana santa em que puta eu poderia ter sido tua carne e tanta, caso teu trabalho não te chamasse como se tu fosses a um ofício do amor. A semana santa me lembra tua mãe velha quando implicava comigo com meu piercing no umbigo e argolas na orelha e dizia que eu não era menina de se casar e tu rias e me abraçavas e protegias e tua mãe caía numa tristeza que não tinha explicação pensando talvez ‘meu menino meu hino de louvação aos céus, onde se perdeu, deus queira que tome jeito que pague direito que perca o vício’ como se fizesse um suplício de amor; e tua mãe foi a única que lembrou de mim na páscoa. A páscoa me recorda o asco que tive de chocolates quando soube aquela noite que ao invés de vir pra casa foste fazer arte com gurias mais novas e de bundas enormes e teus vermes saltavam depois na cama e em coma eu te cuidava e enxugava o suor de tua testa cava e todos os chocolates vomitavas como se fosse um feitiço de amor. Mas os chocolates me rememoram o aniversário primeiro de namoro em que fomos para Espanha tamanha nossa vontade de fugir e de lá sem preguiça corremos França, Itália, Suíça onde conhecemos um casal de brasileiros e mantemos contacto e até pacto que seriam padrinhos de casamento logo mais. O casal me lembra a lamúria e a fúria que tive dois anos depois quando eles se separaram e pensávamos na incúria e que aquele não seria um destino pra nós. Quando falo ‘nós’ recordo os trocadilhos e poemas que fazias e as maisenas pro mingau e me servias na cama e me davas na boca e eu dizia ‘miau sou tua gatinha sou tua rainha minha vida é tua e tua vida é minha’ acreditando burra que gostavas dessas frases que eu imaginava de efeito pelo sorriso sem graça sem jeito que me davas de quem estudava literatura. A literatura me lembra de novo teus poemas e trocadilhos que gostavas de chamar ‘meus filhos’ e dizias que toda criação poética tinha vida própria, e daquele poema barato que tu, vivo, falava em ‘nós’ como se fossem ‘laços’ e no final se descobria que era nós pronome não nós substantivo. A poesia me lembra a carta de amor que descobri na tua carteira quando bisbilhoteira e curiosa não agüentei meus ciúmes e no cume da insanidade te arranhei o rosto e disse que posto pra fora de casa estava, como se fosse um edito de amor. A carta de amor me lembra as cartas que me mandavas antes de me conquistar e eu me fingia de recatada desinteressada de quem não queria nada e tu corrias atrás de mim pelos bares da cidade fingindo coincidências e arrumando desculpas e reticências ocas para sentar perto de minha mesa e fazer surpresas de rosas e palavras bonitas nos guardanapos de papel com que cruelmente eu limpava a boca e tu acabrunhado olhava outras moças. Este olhar despretensioso sobre as moças me lembra o mirar vidrado que dispensavas sobre as mulheres nas festas dançantes quando nós amantes já nos perdíamos em brigas e intrigas e tuas troças quanto às minhas desconfianças dizendo ‘meu amor só tenho olhos pra ti, vem cá me dá um beijo’ e roçavas a barba por fazer no meu pescoço e me pegava o dorso com teus braços de estivador me jogava longe me batia me chamava de cadela vagaba vadia bandida me fazia morrer e me fazia crer, eu era mulher de tua vida. Me chamar por alcunhas me lembrava as unhas minhas cravadas nas tuas costas nestes momentos e o tormento de gozar em cima de ti cinco vezes seguidas, cinco! e te ouvir dizer ‘ contigo de gozar eu brinco ’ e ‘ finco ‘ falo fazendo folia e em cada movimento de morte que me davas eu renascia. Estes momentos me fazem lembrar os meses em que as vezes ficavas longe de casa e tuas asas batiam em outros ninhos, então os vizinhos vindos lindos todos de olhos em mim batiam à porta me convidavam pra sair e sorrir, eu me fingia de morta esse assédio era um tédio moléstia e o remédio era do alto do prédio eu ver teu carro chegar, e quando chegaste teu astro e tua haste eram redenção enfim, há dois meses sem sexo me jogava enlouquecida em teu colo e perplexo se dizia cansado, entorpecida eu não escutava e clamava teus cuidados pra mim, assim tu forçado me pegavas com força virava de lado fazia sem viço o serviço de casado e no momento glorioso do gozo me chamavas de Luiza, eu não podia fazer nada eu dissimulava e burra e brava e doida eu me molhava toda no pranto e no encanto de sentir o teu corpo e ouvir torpe a tua voz chamar outra mulher sem querer, mas eu seguia crente porque somente teu calor e ferrugem meu causavam vertigem, apenas em teus braços me sentiria virgem e apenas teu cansaço me matava de amor.

Monday, August 06, 2007

Não há explicação para algumas coisas. Uns sentimentos, assim. Ou há. A doa Berenice é minha cliente da biblioteca, ela é velhinha e tem um rosto cansado, de quem trabalhou bastante – eu acho que ela veio da roça, mas não tenho coragem de perguntar. Ela não tem sotaque, pensando bem... O pessoal do campo mesmo depois de meio século ainda mantém o acento forte da terra, podendo viver cem anos, e apenas dez dos quais vividos na lavoura. Mas ela é enfeitiçante. A dona Berenice, como eu dizia, vem pouco aqui ( umas duas vezes por mês) mas eu não esqueço ela desde o primeiro dia que a vi. Tem uma voz calma, muito calma, assim, que só podem aqueles que nunca gritaram, ela tem também um rostinho de quem nunca ficou bravo na vida, e um cabelinho ralo de quem jamais os viu em pé. Ela treme os lábios pra falar e quando fala parece que nada no mundo vale a pena além de sua voz. Ela é tremiliqueira, acho que pela idade, mas me trouxe um bombom no dia do amigo e disse “eu te acho querido”. Não posso transmitir, mas ouvir uma expressão doce, de uma voz doce, de uma pessoa doce, dirigida especialmente a mim é de uma satisfação e prazer inomináveis. Ela veio agora e entregou dois livros com quatro dias de atraso, é impossível cobrar multa dela, a minha chefe ta querendo me demitir e isso provavelmente vai ser um argumento que ela vai usar hoje no final da tarde quando descer e me xingar. Sim, porque ela tem acesso à estatística de atraso e vai ver que lançou-se multa e não foi cobrada; talvez ela pense que eu peguei o dinheiro da multa, eu tou desconfiado que ela ta desconfiada disso. Mas sabe que de verdade não importa, e preciso salientar que é bem provável que ela me mande embora hoje por causa disso. Não importa! Talvez eu argumente que eu não poderia cobrar multa de uma pessoa assim, como dona Berenice, e diga que ela me faz bem, que me acalma, me transmite paz, me deixa sentir seguro. Eu tenho que dizer que ela não é uma pessoa simpática, comunicativa, a Dona Berenice, ela não se esforça pra agradar, ela não é treinada. Ela é assim, ela nasceu sorrindo, possivelmente, ela é daquelas que dá vontade de apertar a bochecha, mas talvez minha chefe resolva me demitir com mais vontade se eu lhe falar isso. Acho que a dona Berenice é virgem. Acho que no fundo no fundo, embaixo de toda minha tese sobre relações, de toda minha descrença no amor, de todo meu ceticismo quanto aos outros, de toda minha decepção, de todo meu pseudo-esquerdismo, de toda ladainha que falo quando tenho que impressionar alguém, eu acredito no amor sim, e seja um conservador, não sei se é a suposta virgindade que lhe confere isso, se é o campo que a fez assim, não sei que dia ensolarado recebeu a dona Berenice. Ela me faz acreditar que sou bom, ela me faz ter vontade de protegê-la, ela me faz ter vontade de abrir a porta pra ela, ela me faz ter vontade de receber e dar um beijo de boa noite, ela me faz ter vontade de ajoelhar e rezar com ela por nossos irmãos, ela me faz ter vontade de aprender a cozinhar um seu prato preferido, ela me faz ter vontade de escrever uma carta, ela me faz ter vontade de escrever, ela me faz ter vontade de apertar sua bochecha, ela me faz ter vontade de gritar que ela existe, ela me faz ter vontade de parar de roubar, ela me faz ter vontade de me guardar para pessoa amada, ela me faz ter vontade de casar e ter filhos, ela me faz ter vontade de ser vegetariano, ela me faz ter vontade de nunca mais gritar com ninguém, ela me faz ter vontade de ir morar num campo e criar galinhas, patinhos e porquinhos, ela me faz ter vontade de usar o diminutivo, ela me faz ter vontade de escovar os dentes, ela me faz ter vontade de não usar roupas escuras, ela me faz ter vontade de tirar meus colares, ela me faz ter vontade de voar, ela me faz ter vontade de não me preocupar com a escrita (que tudo que tá saindo aqui é factual mas não literário). Não juro por deus mas, eu juro por mim, ela é uma pessoa divina.
sede do dia
o sol é um gigolô da lua

à carne crua
tenho um jeito pedófilo

a noite é um cauê
todo mundo se cria

todos os dias
desvirgina a manhã o sol

vive de amor
morrendo de rir

a noite é feia
mas é rabuda pra cacete.
O sexo, dizem, vem num momento especial, dizem, que tem que ser bom, dizem, que não se diz como foi, dizem, que todo mundo comenta, dizem, que toda mulher finge que goza, dizem, que todo homem tem receio do pau, dizem, que toda mulher não se importa, dizem, que só se diz. O telefone não ia tocar. Ou ia? – Não, não ia. Ou ia? – Talvez, quem sabe. Não tocou. A noite é boa, sempre soube, e lhe agrada mais que o dia, mas as noites sem amor, que para ele são todas, doem muito, e essa doía. Quando pegou as fitas, sabia, que ia ter nojo do gozo que tivesse, e uma raiva do dinheiro gastado; o dinheiro:goza-lo-ia. Não assistiu as fitas que, à revelia, o vídeo estragara – a raiva tanta que se arrumado, o vídeo, ele de raiva, estragaria. O telefone definitivamente não tocou, nem tocaria. Não lhe ligou nem Vera, nem Gabriela, nem Mara, nem Sara, nem Maria. Aliás, não sararia essa doença que é o prazer? A dor de um calor sem mulher, de uma primavera sem flor, de sem homem-mulher na invernia. E no outono o abandono do copo, do corpo de vinho, um pinho sem quentão. Aconteceu: acontecia. Quando então, ele sufocado, amargurado, bêbado de solidão, e de álcool e de folia, por-se-ia a dormir, se cedo fosse, mas era dia, e um batido na sua porta o despertara e logo mais o assustaria. Cria! Cria do cão, mas que sangria! Porque as manchas? De onde Vinhas? – ela só disse Quero uma cama, um abraço, um braço, uma toalha e uma alforria. Ele não perguntou seu nome – grosseria? – nem ela estendeu sua mão (apatia?), não se conheciam nem se cheiravam, nem um piscar de olhos e nem o flerte torpe do pobres; se deitaram e se amaram ( não-putaria ) e foi bom, uma alegria, ela não sangra mais, já tá estancado mas de onde vinha o sangue, se hão perguntado. Talvez nunca se saiba, uma ironia: de manhã cedinho ela foi-se embora, no escuro, mas de dia, e ele começou a sangrar amargo, e nem coágulo só torneira. Freira? ele viu seu crucifixo fixo na suas costas enquanto partia, viu seu hábito e viu-a pia. A partir daí, enlouquecido, sangrando, quando transava aves maria.
Em cima de mim teu corpo machuca cutuca e tua voz sufoca a minha rainha que fui
não sei não dizer não então abres a janela com teu sopro de longe onde deves estar em Congonhas ou Guarulhos os barulhos são doces vultos que te trazem quase perco o chão quando deito meu peito agora é um chocho murcho onde vais dizer besteiras ligeiras onde vamos beber secreções piões rodando um com a corda do outro potro laçado com barbante. Amante. Meu peito agora é um murcho cocho das tuas comidas.

Wednesday, August 01, 2007

Saudações, meu amo.

tou com uma saudade absurda, agora. De tudo que amei e mesmo de tudo que amo. E tou amando meus amores de antes, os de agora, os que ainda não tenho. Lembro agora de quando cheguei em Brasília e todo dia umas duas horas no banho eu ficava. Eu chorava ouvindo Djavan e Sade. Todos os dias. E como eu amava! Chorava por Luciane. E como a queria perto de mim e como sentia um aperto e uma falta desumanas. E como sabia que ninguém no mundo me faria tão bem quanto ela. Amei demais. Logo eu lembro que chorava pela Raquel, e lembrava dela e como eu a amara. Como ainda amava, como amaria. Chorava por ter se deitado com outros, por ter conhecido os meus amigos. Chorava porque tinha que ser. Amei demais. Então eu queria chorar por Paula, e chorava e ficava bravo. Como eu amava tanto o que eu não conhecia, como eu sentia saudades duma ausência que eu não conhecia, e como eu viria a sentir saudade de sentir saudades. Amei demais. Aí então eu conheci Brasília, por dentro, por fora, do avesso - e amei Brasília. E eu transava Brasília apaixonado, excitado, guri novo. Amei Brasília, demais. Kellen surgiu e aí sim eu amei de verdade, como nunca, amando, quando, sempre, amor. Amei demais Kellen, até não mais poder, por todos os lados, por todos os poros, por todos os instantes e até mais. Demais, amei, demais. Então eu amei Porto Alegre até mais que Brasília eu amara, e mais do que tudo, porque eu amava demais e sempre. Amei amei amei amei amei Jáder, Jáder, Jáder. German German German. Felipe, pepe, pe. E o amor é uma coisa que nunca acaba, a cada novo amor eu descobria. Cobria de novo e amava um pouco mais. Nossa, como amei nessa minha vida. Mas tudo isso já passou.