Thursday, January 18, 2007

o tempo não existe
ele insiste em querer ser
e é

o que sem medo mede
e impede de contar
no céu

a toda chã estrela
e tê-la tola à toa
a fé

que é em que se crê
se lê até se passa o
chapéu

enfim as moedas
perdas não são então
mas mal

o tempo é vivo e livre ?
o livro invade e eclode
o seu

viveiro e morre
à torre da hora secreta
tal qual

moeda que desce a ampulheta
estreita em estrela do céu de
ateu

sem reza e sem rosa e
sem prosa sem por onde
casal

firmar...no entanto
no intento de deter
a hora

encosta a seca folha
rolha do outono
banal

aflora em primavera
a mera inssistência que
fora

ou longe ou dentro
é antro do tempo
ido

cessante incestuoso
é o gozo da gosma da
vida

sem hora sem tempo
sem tampo pra doido
sido

ó tanto quanto evento
sedento de vasta
jura

é menos que o corpo
a torpe embriaguês é
lido

soturna e eterna
perna à busca da sua
sua luz

e quando o a alma
a lama da razão é
cura

o todo desregrar
no mar no ar no chão
nos cus

da aurora embora seja
teja colina o tempo-
oral.